sexta-feira, 13 de maio de 2016

SOIS A LUZ!

Por Warwick Mota


Conforme nos ensina a moderna Psicologia, todos temos o Self, nosso eu verdadeiro, ainda mascarado pelo Ego, a personalidade que tem um contexto social muito ostensivo, porque se antepõe ao verdadeiro Eu. O Ego vem atender a necessidades sociais do nosso status quo. Então a manifestação egoica vai mascarando o Self, com alguns comportamentos que se manifestam de acordo com a ocasião. O Ego não permite que o verdadeiro Eu manifeste-se, e, portanto, criam-se diversas máscaras, com a atenção voltada ao comportamento social.

Então seguimos sobrepondo, em nós, egoísmo, orgulho, vaidade, o ciúme que destrói... E tudo isso vai impedindo que nosso ser verdadeiro manifeste-se.

Mas eis que Jesus vem e convida-nos a uma viagem na direção do nosso autoencontro, cujo principal prêmio será o conhecimento de nós mesmos. Aí rompemos as barreiras do Ego!

Jesus é o grande psicoterapeuta das nossas almas e, na grandeza do amor que ele tem por nós, convida o homem a uma nova condição: a de não mais ser quem teme a Deus, mas de ser o filho que ama o Pai que lhe examina os comportamentos.

Todos somos espíritos em evolução, em caminhada, ainda não perfeitos, com nossas experiências e fraquezas. Caminhamos juntos.

É isso que Jesus traz: que, nessa caminhada, podemos brilhar!

O “Vós sois a luz do mundo!”(1), dito pelo Mestre, é um convite a que construamos, em nós, a estrutura moral que nos dará sustentação, para sermos o porto seguro, a nós mesmos, mas também a nossa família, aos nossos amigos.

Toda luz possui uma fonte de energia que a sustenta e mantém.

Jesus é enfático quando afirma que nós somos a luz do mundo porque somos filhos da luz, e a fonte que nos alimenta é Deus.

O papel da luz é rasgar as trevas, iluminar.

Nosso papel, como cristãos, é iluminar os caminhos daqueles que caminham conosco, e Jesus também espera que sejamos as lanternas da boa vontade na doação das nossas forças em benefício do outro.

Precisamos ser luz.

Primeiro para nós mesmos, depois para os outros.

Precisamos manter nosso lume aceso, construído sobre um arcabouço moral-existencial, inclusive porque todos nós podemos, um dia, cair em erro, em algum momento da vida, já que todos somos falíveis.

E, nesse caso, se temos estruturada a nossa luz interior, após as tempestades sempre saberemos retornar ao início, aos nossos alicerces, e, ali, recomeçarmos a jornada interrompida.

Observemos que, num momento de dor, de muito sofrimento, de dificuldades, assim como o filho pródigo voltamo-nos também à casa paterna, que, na verdade, é Deus...

Nesses instantes, somos a própria a luz, buscando a fonte, o manancial que jamais se esgota, que é Deus, nosso Pai, todo Amor e Bondade.

Os momentos de erro, de quedas, são mesmo os instantes de fragmentações morais, quando se evidencia o bem e o mal que ainda existem em nós. Mas também, quando vivenciados, esses instantes representam a oportunidade de o dito Self  iluminar o caminho e, cada vez mais, fazer-se radioso.

É quando aceitamos e assumimos, em consonância ao preceito de Jesus, que somos, sim, luz.

Somos a luz do mundo e devemos fazer essa luz brilhar, em cada ato, cada gesto, cada passo.

Quando já temos conhecimento e vontade para iluminar, ainda que por momentos, a vida dos semelhantes, podemos guardar a certeza de que o maior beneficiado seremos sempre nós mesmos.

Busquemos ser as melhores pessoas que possamos ser, “lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado da luz” (2), todos os dias. Este, o lembrete que nos faz Emmanuel, acerca do convite, sempre presente, do Mestre Jesus: “Brilhe a vossa luz!” (3).


Referências:

1.     Mateus, 5:14.

2.     XAVIER, Francisco Cândido (Pelo Espírito Emmanuel). Fonte Viva. FEB, 17ª. ed,. 1990, Rio de Janeiro, RJ., p. 262.

3.     Mateus, 5:16

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